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Brasil, Argentina, México e Chile se unem em texto contra nova expansão israelense na Cisjordânia

Países fazem declaração conjunta criticando e condenando a construção de dez mil casas israelenses e nove postos avançados em assentamentos existentes na Cisjordânia. Ação marca mudança da política externa do Brasil perante a causa.
Sputnik
Nesta sexta-feira (17), os governos de Brasil, México, Chile e Argentina emitiram um comunicado conjunto condenando a expansão de assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada. Os quatro países alertaram que a decisão, além de ferir o direito internacional, tende a aumentar o clima de tensão entre israelenses e palestinos na região.
"Essas medidas unilaterais constituem graves violações do Direito Internacional e das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas, especialmente a resolução 2.334 [2016], além de contribuir para elevar as tensões atuais", diz um trecho da nota conjunta.
Além disso, as nações expressaram "oposição a qualquer ação que comprometa a viabilidade da solução de dois Estados, na qual Israel e Palestina possam compartilhar fronteiras seguras e reconhecidas internacionalmente, respeitando as legítimas aspirações de ambos os povos de viver em paz".
As declarações de Brasília, Cidade do México, Buenos Aires e Santiago se juntam ao texto conjunto produzido por Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Itália na última quarta-feira (14), no qual os países também condenam as recentes decisões de Israel.
No último domingo (12), Tel Aviv anunciou que legalizaria nove postos avançados e construiria dez mil casas em assentamentos existentes na Cisjordânia. Entretanto, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, respondeu com desdém à declaração conjunta e disse querer muito mais postos legalizados.
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