Nesta sexta-feira (17), um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores norte-coreano emitiu o alerta, já que Seul e Washington planejam realizar o exercício combinado Ulchi Freedom Shield nas próximas semanas, de acordo com a agência coreana Yonhap
"Caso os EUA e a Coreia do Sul ponham em prática seu plano já anunciado de exercícios militares que a Coreia do Norte, com justa apreensão e razão, considera como preparativos para uma guerra de agressão, eles enfrentarão ações em respostas fortes, persistentes e sem precedentes", disse o porta-voz em um comunicado divulgado pela KCNA e citado pela Yonhap.
Ao mesmo tempo, a autoridade norte-coreana questionou uma série de exercícios dos aliados no início deste ano, incluindo aqueles envolvendo bombardeiros estratégicos e caças furtivos, bem como seu plano de realizar cerca de 20 exercícios de campo conjuntos em grande escala este ano.
"Isso prevê que a situação na península coreana e na região será novamente mergulhada no grave vórtice da escalada da tensão", afirmou.
Os comentários, segundo a mídia, levantaram especulações de que o Pyongyang pode estar se movendo para construir uma justificativa para a retomada de atos provocativos, como lançamentos de mísseis balísticos, e transferir a responsabilidade para Seul e Washington, diz a agência.
O porta-voz também criticou os EUA por convocarem "coercivamente" uma sessão do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) sobre questões norte-coreanas nesta semana: "Isso mostra que os movimentos norte-americanos para transformarem o CSNU - que tem pesada responsabilidade pela paz e segurança internacionais - em uma ferramenta para a política hostil ilegal dos EUA em relação à Coreia do Norte foram a extremos que não podem mais ser permitidos", afirmou.