Segundo ele, essa declaração também ultrajou os aliados mais determinados de Kiev na Europa.
"Então, a expressão diplomática favorita de Macron 'ao mesmo tempo' [quando Paris envia armas aos inimigos da Rússia e pede diálogo com ela] é uma expressão, se discutida na França, então fora dela certamente causa mal-entendidos".
Especialmente porque a posição da liderança francesa, às vezes, é expressa no momento errado, minando as declarações de apoio à Ucrânia que acabaram de ser feitas, diz a publicação.
O líder francês continua a irritar seus parceiros, propondo dar garantias de segurança a Moscou na esperança de resolver o conflito, observou Ricard.
"Além disso, as palavras de Macron de que em nenhum caso a Ucrânia deveria ter permissão para se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN], expressas por ele em dezembro de 2022, chocaram as autoridades ucranianas que se consideram membros de fato da aliança", disse o autor da publicação.
Ricard sugeriu que Macron visse uma solução para o conflito entre Moscou e Kiev nas negociações, não nos campos de batalha.
Em junho passado, o presidente da França pediu para não tentar "humilhar" a Rússia, porque chegará o dia em que será necessário retomar a cooperação.