O secretário-chefe do gabinete do Japão, Hirokazu Matsuno, disse que o míssil de longo alcance foi disparado em um ângulo alto e voou 900 km a uma altitude máxima de 5.700 km durante seu voo de 66 minutos. Ele caiu na água, a 200 km a oeste da ilha de Oshima, dentro da zona econômica exclusiva do Japão.
"Tendo analisado os dados de lançamento de hoje, estimamos que um míssil intercontinental disparado em um ângulo regular poderia viajar 14.000 quilômetros e atingir o território continental dos EUA", disse Hamada em entrevista coletiva.
Estimativas do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul também sugerem que o míssil foi lançado verticalmente e voou 900 km em uma trajetória elevada.
Os vizinhos da Coreia do Norte condenaram o novo lançamento, que ocorre três meses depois que Pyongyang disse ter testado com sucesso um míssil balístico intercontinental Hwasong-17, e de também ter lançado com sucesso um míssil balístico de curto alcance em 1º de janeiro.
O Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul, que auxilia o presidente no desenvolvimento de políticas de segurança, disse em comunicado que o lançamento provocativo viola as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e só aumentaria as tensões na península coreana.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que está coordenando estreitamente com os Estados Unidos e prometeu fortalecer a aliança militar em resposta ao que vê como provocações da Coreia do Norte. O lançamento ocorre um dia depois de a Coreia do Norte ter alertado os aliados contra a realização do exercício militar conjunto anual, com o codinome Freedom Shield (Escudo da Liberdade), que vê como uma preparação para uma potencial invasão.