"Fomos colonizados e perdoamos aqueles que nos colonizaram. Agora os colonizadores nos pedem para sermos inimigos da Rússia, que nunca nos colonizou. É justo? Não é assim para nós: seus inimigos são seus inimigos, nossos amigos são nossos amigos. Não deve haver interferência nesse assunto", disse Odongo.
O ministro destacou que os dois países têm uma longa relação que remonta à década de 1960 e observou que muitos dos estudantes de Uganda foram educados em universidades russas.
"A maior parte do nosso equipamento militar é de fabricação russa e, portanto, para continuarmos nos defendendo, devemos continuar renovando o equipamento que possuímos. A questão das sanções é complicada, mas, para nós, é uma questão de vida ou morte. E vamos continuar [cooperando] porque temos de sobreviver", acrescentou Odongo.
"Por que, de repente, seria um problema continuar o relacionamento com a Rússia, no qual historicamente mantivemos?", acrescentou Odongo.
Neste sábado (18) teve início a 36ª Cúpula da União Africana (UA), na capital etíope, Adis Abeba. Em mensagem enviada à conferência, o presidente russo, Vladimir Putin, cumprimentou os chefes de Estado e governos africanos que participam da Assembleia da UA, observando que a organização se estabeleceu como um mecanismo eficaz para a cooperação política, econômica e humanitária multilateral.
Putin também observou que, para a Rússia, os países africanos sempre foram e continuam sendo parceiros importantes e confiáveis, com os quais Moscou está unida pelo desejo de construir um mundo multipolar justo "baseado na verdadeira igualdade e no domínio do direito internacional", bem como livre da discriminação, ditames pela força e pressão de sanções.