Panorama internacional

EUA, UE e OTAN reagem à decisão da Rússia de suspender o Tratado START

Os líderes ocidentais criticam Moscou por suspender sua participação no Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Novo START). O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a decisão durante seu discurso anual à Assembleia Federal, enfatizando que a Rússia não está se retirando completamente do tratado.
Sputnik
O secretário de Estado dos EUA, Anthony Blinken, chamou a decisão da Rússia de suspender sua participação no Tratado START de "lamentável" e "irresponsável".

"O anúncio da Rússia de que está suspendendo a participação no Novo START é profundamente lamentável e irresponsável", disse Blinken durante sua visita à Grécia, citado pelo jornal The New York Times.

Por sua parte, o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, conclamou a Rússia a manter seu compromisso de não travar uma guerra nuclear e a se comportar de forma responsável nesta área, apesar do conflito na Ucrânia.
Conheça detalhes do Tratado Novo START entre EUA e Rússia suspenso por Putin
Por sua vez, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) lamenta a decisão da Rússia de suspender sua participação no tratado, uma vez que desmantela toda a arquitetura de controle de armas, disse o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, em uma coletiva de imprensa em Bruxelas.

"Lamento a decisão da Rússia de suspender sua participação no Tratado Novo START sobre medidas para reduzir e limitar ainda mais as armas ofensivas estratégicas [...] Exorto fortemente a Rússia a reconsiderar sua decisão", disse o chefe do bloco militar.

Josep Borrell, chefe da diplomacia europeia, disse que a decisão da Rússia destrói o sistema de segurança internacional.
"A decisão da Rússia sobre o START destrói o sistema de segurança internacional estabelecido após a Guerra Fria. Depois desta decisão, precisamos pensar em novas medidas de segurança internacional", disse Borrell no final das negociações com o ministro das Relações Exteriores ucraniano e o secretário-geral da OTAN em Bruxelas.
O acordo START prevê que cada lado reduza seus arsenais nucleares de tal maneira que em sete anos, e no futuro, o número total desses armamentos não ultrapasse 700 mísseis balísticos intercontinentais (ICBM, na sigla em inglês), 1.550 ogivas e 800 sistemas de lançamento implantados e não implantados.
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