"Os EUA e outros países ocidentais estão continuamente fornecendo armas à Ucrânia, o que não apenas prolonga a crise e cria dificuldades para resolvê-la, mas também leva ao fato de que um grande número de armas e munições fornecidas à Ucrânia são contrabandeadas para criminosos na Europa e outras regiões por meio de grupos criminosos internacionais", disse Wang em entrevista coletiva.
O porta-voz acrescentou que Washington sempre foi negligente no fornecimento de armas a outros países. Devido a isso, uma grande quantidade de munições não pôde ser rastreada ou caiu nas mãos de organizações terroristas e forças extremistas.
Wang também lembrou, citando o Departamento de Estado dos EUA, que as vendas de armas dos EUA no ano fiscal de 2022 aumentaram quase 50% em comparação com o ano fiscal anterior.
Ele também disse que Washington admitiu que Kiev poderia não saber aonde as armas fornecidas por Washington vão parar.
"Essa é apenas a ponta do iceberg da 'exportação ao estilo americano'. O que os EUA fornecem a outros países não é democracia ou direitos humanos, é empobrecimento, convulsão social e retribuição sangrenta", disse Wang.
Na segunda-feira (20), o Departamento de Defesa dos EUA disse que o valor total da assistência militar dos EUA à Ucrânia ultrapassou US$ 30 bilhões (R$ 153,4 bilhões) desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu o cargo.
Em dezembro de 2022, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, também alertou Washington contra o fornecimento de armas a Kiev, citando o exemplo do Afeganistão, onde grande parte das armas e equipamentos militares abandonados pelos EUA acabaram nas mãos de terroristas e estavam sendo distribuídos pelo mundo todo.