Em um artigo para o jornal russo Izvestia, Medvedev disse que uma "histeria insana" do Ocidente e um desejo obsessivo de despedaçar a Rússia levaram à eclosão da operação especial russa.
Ao mesmo tempo, Medvedev aponta que a história demonstra que "qualquer império em colapso enterra metade do mundo sob seus escombros, ou até mais".
"Parece que aqueles que primeiro destruíram a URSS [União Soviética] agora estão tentando destruir a Federação da Rússia. Eles têm ilusões delirantes de que, com o fim da União Soviética sem um único tiro, poderão enterrar a Rússia atual sem problemas significativos para si mesmos, jogando na fornalha as vidas de milhares de pessoas envolvidas no conflito. Esses são equívocos extremamente perigosos. Não funcionará como funcionou com a URSS", alertou Medvedev.
Mais cedo neste domingo (26), o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), embora indiretamente, são cúmplices dos crimes do regime de Kiev, que, entre outras coisas, bombardeia bairros residenciais em Donetsk e outras regiões recém-integradas pela Rússia.
"Nas circunstâncias atuais, quando todos os principais países da OTAN declararam como seu principal objetivo nos infligir uma derrota estratégica, para que nosso povo sofra [...], como podemos ignorar seus potenciais nucleares? Sobretudo quando eles fornecem à Ucrânia armas avaliadas em dezenas de bilhões de dólares", disse Putin, em entrevista ao canal Rossiya 1.
26 de fevereiro 2023, 16:09