"Há certos compromissos que foram assumidos pela Suécia e pela Finlândia em relação à sua intenção de aderir à OTAN. Por parte da Suécia, não vemos todas as medidas sendo tomadas, portanto, nesta fase não podemos aprovar a adesão dela à aliança", disse o ministro turco.
Ele observou que as autoridades suecas cumpriram alguns de seus compromissos, em particular, alterando a Constituição. Entretanto, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado terrorista na Turquia, ainda está ativo na Suécia.
Cavusoglu indicou que a situação é mais um problema da OTAN, e que Ancara não tem outras exigências a fazer à Suécia e à Finlândia nas relações bilaterais.
Por sua vez, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse na sexta-feira (24) que os deputados do parlamento de seu país não estão muito entusiasmados quando a aprovar a adesão da Finlândia e da Suécia à OTAN. Ele disse que as autoridades desses países estavam espalhando "mentiras sem escrúpulos" sobre a Hungria. Além disso, afirmou que neste caso, a fronteira entre a OTAN e a Rússia aumentaria em mil quilômetros.
A Finlândia e a Suécia apresentaram um pedido conjunto de adesão à OTAN em maio passado.
A Turquia inicialmente bloqueou o pedido, mas em 29 de junho, Ancara, Estocolmo e Helsinque assinaram um memorando que levou em conta todas as preocupações da Turquia.
O processo desacelerou no início deste ano por causa dos protestos em Estocolmo, que complicaram as relações com Ancara.
Os pedidos da Suécia e da Finlândia ainda não foram ratificados por dois dos 30 países, a Hungria e a Turquia. Espera-se que as negociações sejam retomadas nas próximas semanas.