"O presidente Biden tranquilizou aquele país [a Ucrânia] com grande confiança de que 'os americanos estão com vocês'. Mas a pergunta que permanece sem resposta é: por quanto tempo?", pergunta o artigo.
De acordo com os autores, as pesquisas mostram que o apoio do público para armar os ucranianos enfraquece, enquanto os dois principais candidatos presidenciais republicanos falam cada vez mais contra o envolvimento no conflito.
"Em geral, o apoio público da ajuda à Ucrânia caiu de 60% em maio para 48% agora [...] A cota dos americanos que pensam que os Estados Unidos deram demais à Ucrânia cresceu de 7% há um ano para 26% no mês passado", diz a edição.
E mesmo os apoiadores deixam claro que seu empenho não é ilimitado.
"Nos primeiros meses é sempre popular [...] Mas o tempo está passando, o cansaço da guerra é uma coisa real, especialmente neste país, especialmente quando os eleitores não ligam o que está acontecendo na Ucrânia com sua própria segurança."
Aponta-se que Biden fez uma referência relativamente breve à guerra durante seu discurso sobre o Estado da União e tem se concentrado principalmente nas prioridades internas. Em parte, isso se explica pela intenção de desviar as críticas de ele se importar mais com os estrangeiros do que com os seus compatriotas.
John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, disse que o apoio continua sendo poderoso no Congresso.
Porém, o membro da Câmara dos Representantes Marjorie Greene se opôs publicamente ao conflito na Ucrânia.
"Mas sabe quem está dirigindo? É a América. A América precisa parar de empurrar o conflito na Ucrânia", cita o jornal a representante.
O próprio Trump atacou Biden na semana passada por visitar Kiev em vez de visitar East Palestine, Ohio, o local do recente descarrilamento de um trem com produtos tóxicos.
"Estamos à beira da Terceira Guerra Mundial graças a Biden", disse, e também prometeu "pôr fim ao conflito na Ucrânia em 24 horas".
O governador da Flórida, Ron DeSantis, seu maior concorrente potencial nas eleições de 2024, criticou o que ele chamou de "o cheque perpétuo" para a Ucrânia e disse "não acho que seja do nosso interesse" estarmos envolvidos na luta pelo território que agora faz parte da Rússia.
O artigo destaca que, até agora, o Congresso aprovou US$ 113 bilhões (R$ 589,4 bilhões) em ajuda para a Ucrânia, mas nem tudo isso foi gasto.
Antecipando os problemas da nova Câmara dos Representantes liderada pelos republicanos, a Casa Branca e a maioria democrata aprovaram um pacote de ajuda suficiente para durar até o verão (no Hemisfério Norte). De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, ao ritmo atual de gastos os fundos se esgotarão até meados de julho.