Panorama internacional

Itália e EAU 'esquecem' antigos bloqueios militares e assinam acordo no setor de energia

Seguindo a saga italiana à procura de energia desde que a Europa sancionou o gás russo, premiê europeia foi ao país árabe para reestabelecer laços uma vez enfraquecidos por embargos militares.
Sputnik
Após reunião com o presidente dos Emirados Árabes Unidos (EAU), Sheikh Mohammed bin Zayed al-Nahyan, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que os dois governos trabalharão para reconstruir "excelentes" laços.
"Acho que as discussões desta manhã [4] foram muito, muito boas e estamos voltando para uma parceria estratégica. A Itália historicamente teve relações muito fortes com os Emirados Árabes Unidos, que nos últimos anos passaram por sérias dificuldades", disse Meloni a repórteres em Abu Dhabi segundo a Reuters.
Há pouco tempo atrás, em 2021, Roma interrompeu a venda de milhares de mísseis para a Arábia Saudita e os EAU, citando o compromisso italiano em restaurar a paz no Iêmen. Os Emirados Árabes Unidos, por sua vez, pediram à Itália que desocupasse uma base militar no golfo Pérsico.
Mas essas águas parecem passadas, e Meloni disse que os Emirados podem desempenhar um papel fundamental em uma série de questões importantes para a Itália, como a estabilização da Líbia, as dificuldades financeiras da Tunísia – que afetam os fluxos migratórios – bem como a política energética de Roma na África.
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Apesar de todas essas bandeiras, durante o encontro, a empresa estatal italiana de petróleo e gás Eni assinou um acordo de cooperação energética com a Abu Dhabi National Oil para reduzir novas emissões, melhorar a segurança energética e acelerar o crescimento econômico e industrial de baixo carbono.
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