"A estratégia dos Estados Unidos para o Indo-Pacífico, embora ostentando liberdade e abertura, está na realidade se desfazendo em grupos fechados, círculos exclusivos, sob o pretexto de proteger a segurança regional, está na verdade provocando confrontos, planejando organizar uma versão da Ásia-Pacífico da OTAN", disse Qin Gang.
O diplomata enfatizou que o objetivo da estratégia norte-americana para o Indo-Pacífico é conter a China, mas está "condenada ao fracasso".
A região da Ásia-Pacífico deveria ser um palco para uma cooperação mutuamente benéfica, não um tabuleiro de xadrez para o confronto geopolítico, disse o chefe da diplomacia chinesa.
Segundo Gang, uma guerra fria não deve começar na Ásia, e uma crise ao estilo ucraniano não deve, de forma alguma, ser reproduzida na região.
Durante a coletiva de imprensa, o chanceler chinês questionou as diferentes posições dos Estados Unidos sobre soberania nas situações de Taiwan e Ucrânia.
"O povo chinês está razoavelmente fazendo perguntas. Por que, quando se trata da Ucrânia, os Estados Unidos se queixam de respeitar a soberania e a integridade territorial, mas quando se trata da questão de Taiwan e da China, eles não respeitam a soberania e a integridade territorial da China?", indagou.
No início de março, a China fez uma reclamação aos Estados Unidos com relação à aprovação de um possível acordo de venda de mais de US$ 600 milhões (R$ 3 bilhões) em munições para caças F-16 e equipamentos americanos para Taiwan.