"Parece-nos aqui na Crimeia que a desmilitarização [da Ucrânia] sem assumir o controle da cidade de Odessa e a privação a Ucrânia do acesso ao mar Negro seria incompleta. Nenhuma outra opção nos dará, a nós e às novas regiões russas, segurança garantida", disse Konstantinov à Sputnik.
Segundo ele, há mais uma linha divisória, que é o rio Dniepre.
O Dniepre é o quarto maior rio da Europa, o mais longo da Ucrânia, praticamente divide o país ao meio.
"Mas nas duas margens do rio há várias grandes cidades: Zaporozhie, Dnepropetrovsk, a própria Kiev. Cortar estas aglomerações com linhas de demarcação não é nosso método. Isto significa que todas estas cidades devem ser tomadas. Assim, é delineada uma linha Kiev-Odessa, a leste da qual não temos o direito de deixar nada para ninguém. O resto logo se verá", enfatizou Konstantinov.
Operação especial na Ucrânia
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Mariupol, bem como a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Rússia, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia.
Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.