De acordo com o Financial Times (FT), Bruxelas vai facilitar para os Estados-membros da União Europeia (UE) equipararem os subsídios oferecidos pelos EUA em um esforço para impedir que as empresas europeias em setores cruciais movam operações para fora do bloco.
Sob planos que vão ser anunciados ainda nesta quinta-feira (9), os subsídios vão ter como alvo várias indústrias verdes, o que poderia bombear milhões de euros na produção industrial do setor.
"Isso é dinheiro rápido e sujo para equiparar com os norte-americanos", disse uma pessoa com conhecimento direto dos planos.
Depois que a maior montadora da Europa, a Volkswagen, ter sido pressionada a cruzar o Atlântico para instalar a nova fábrica de baterias, a UE parece ter se movimentado no sentido e agilizar decisões sobre a matéria, embora a Comissão Europeia não tenha respondido imediatamente a um pedido da FT para comentar o caso.
Em agosto passado, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou a Lei de Redução da Inflação, um pacote de subsídios e créditos tributários de US$ 369 bilhões (cerca de R$ 1,9 trilhão) para tecnologias de energia limpa.
A legislação provocou uma preocupação generalizada entre os altos funcionários da UE e levou o presidente francês, Emmanuel Macron, a fazer uma visita ao presidente Biden para levar as preocupações do bloco, o que não evitou um êxodo de empresas europeias.
O plano da Europa para um relaxamento temporário de suas regras de auxílio estatal implica em um teto de subsídio mais alto de até € 350 milhões (cerca de R$ 1,9 bilhão) para projetos em regiões mais pobres. A ajuda vai ser aprovada em questão de semanas para corresponder à velocidade com que o dinheiro é distribuído pelos EUA, acrescentou uma das fontes à mídia.
O Plano de Subsídios deve ser revelado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que atualmente se prepara para um encontro com Biden em Washington para tratar da legislação norte-americana que concede benefícios às empresas europeias que investem em tecnologias verdes nos EUA.