Panorama internacional

Analista vê prontidão de Biden em largar Kiev ao tentar culpar Ucrânia por explosões do Nord Stream

A campanha dos EUA para enquadrar a Ucrânia como a culpada no ataque aos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte) pode indicar que o governo Biden esteja agora pronto para abandonar Kiev ou pressioná-la a negociar com a Rússia, de acordo com analistas ouvidos pela Sputnik.
Sputnik
A mídia dos EUA informou anteriormente que um "grupo pró-ucraniano" estava por trás da explosão do Nord Stream. Enquanto isso, os veículos de imprensa alemães relataram que o grupo usou um barco alugado de uma empresa com sede na Polônia, aparentemente de propriedade de dois ucranianos.
Ambas as histórias surgiram após a reportagem do famoso jornalista investigativo dos EUA, Seymour Hersh, que disse que Washington teria estado por trás na sabotagem nos gasodutos russos.
Na quarta-feira (8), a imprensa dos EUA relatou que a CIA, meses antes do incidente, supostamente alertou as contrapartes europeias que um grupo estava planejando um ataque ao Nord Stream, conselheiros sêniores de Biden suspeitaram do envolvimento da Ucrânia, e a Casa Branca estava preocupada que isso abalasse os laços de Kiev com a Alemanha e outros aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
O comentarista político Alex Krainer, fundador da Krainer Analytics, acredita que a tentativa de culpar os ucranianos pelas explosões indica que o presidente ucraniano Vladimir Zelensky e seu regime em Kiev agora não têm importância para a administração Biden.
"É importante que isso também indica que eles estão prontos para abandonar o regime ucraniano, provavelmente pedindo um acordo negociado para a guerra e reagrupamento", disse o comentarista à Sputnik.
Krainer avaliou como pouco credível a história que agora circula na mídia sobre como os ucranianos supostamente realizaram o ataque aos gasodutos russos.
"Eles [administração Biden] esperam que sejamos todos burros e contam com que os líderes políticos sigam e propaguem isso como a explicação mais credível para o que aconteceu", disse ele. "Quantas [pessoas] vão acreditam nisso hoje é secundário, esta será a verdade 'designada' para a posteridade e será forçada a [entrar] em livros de história."
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O historiador e analista em política externa Jeremy Kuzmanov disse que o trabalho de Hersh exerceu grande pressão sobre o governo de Joe Biden para encontrar uma narrativa alternativa. Ele também disse que a investigação de Hersh foi uma revelação devastadora em relação à natureza da condução da política na administração Biden.
"O relatório de Hersh mostra que os EUA são uma potência agressiva que leva a cabo um ato descarado de terrorismo internacional que equivale a um ato de guerra contra a Rússia", disse o analista.
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