Os EUA são suspeitos de financiar protestos em massa contra as reformas judiciais de Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, que têm abalado o país por mais de dois meses, de acordo com um alto funcionário que viaja com o premiê.
A fonte, que acompanha Netanyahu em sua viagem à Itália, disse ao jornal israelense The Times of Israel em um artigo publicado neste domingo (12) que os protestos pareciam estar bem organizados e amplamente financiados com o que ele estimava ser milhões de dólares.
"Estamos acompanhando o que está acontecendo. Esta é uma organização de muito alto nível. Há um centro organizado a partir do qual todos os manifestantes se separam de forma ordenada", disse o funcionário.
Ele defendeu ser "claro para nós" quem estava pagando o transporte de milhares de manifestantes, além de todas as bandeiras e etapas, enquanto outro membro da comitiva de Netanyahu confirmou ao jornal que o oficial sênior estava se referindo aos Estados Unidos.
Yair Netanyahu, filho do primeiro-ministro israelense, também compartilhou no sábado (10) um artigo do portal Breitbart que afirmava que o Departamento de Estado dos EUA está financiando um dos grupos envolvidos nos protestos.
Um meio milhão de manifestantes se reuniu em Israel no sábado (11) à noite para exigir que o governo de direita de Netanyahu voltasse atrás em sua decisão de mudar o funcionamento da Suprema Corte. A reforma procura reduzir o poder do sistema judicial em rever e derrubar as leis que ela julga serem inconstitucionais.