A Casa Branca insistiu que Biden ainda não tomou "nenhuma decisão final" sobre o projeto de petróleo Willow, proposto pela produtora ConocoPhillips, que vale cerca de US$ 8 bilhões (R$ 41 bilhões).
"Biden certamente vai acabar com sua agenda verde, que fazia parte de sua campanha eleitoral, em uma tentativa de resolver uma série de questões econômicas com a ajuda do projeto Willow", disse Aleksei Fenenenko, um professor associado da Universidade Estadual de Moscou.
Segundo o professor, os americanos precisam lançar um projeto petrolífero no Alasca para resolver seu déficit orçamentário e sua dívida interna, conquistar certos mercados e fortalecer sua independência em relação ao Oriente Médio.
Fenenenko foi ecoado por Aleksandr Petrov, pesquisador-chefe do Instituto de História Mundial da Academia de Ciências da Rússia, que acredita que a possível autorização de Biden para a exploração de petróleo no Alasca estaria fora de linha com suas promessas eleitorais de aumentar a participação das fontes de energia renováveis na economia dos EUA.
"Tenho certeza de que a produção de petróleo no Alasca é um trunfo muito sério da administração Biden quando se trata de sua política externa", concluiu o especialista russo.