O Reino Unido aprovou durante 2022 um valor recorde de exportações de partes e tecnologia de submarinos para Taiwan, informou na segunda-feira (13) a agência britânica Reuters.
Um dos legisladores admitiu que a autorização de licenças de exportação era "luz verde" para armar Taiwan. De janeiro a setembro de 2022 foi emitido um total de 25 licenças de exportação nas categorias de "componentes para submarinos" e "tecnologia para submarinos", em um valor total de £ 167 milhões (R$ 1,05 bilhão).
Em resposta a um pedido de comentários sobre as exportações britânicas relacionadas a submarinos, o Ministério da Defesa de Taiwan disse em uma declaração que seu programa de construção naval era "uma importante política nacional, e a Marinha promoveu vários projetos de forma pragmática no âmbito dela".
Taiwan espera testar seu primeiro protótipo de submarino em setembro de 2023 e colocar a primeira das oito unidades em serviço até 2025. A política de construção de uma frota submarina de Taipé começou em 2017, e as exportações de Londres nesse sentido se iniciaram também na época, crescendo desde então.
Em resposta a estas informações indicadas pela Reuters, o Ministério das Relações Exteriores da China expressou sua oposição.
"Se isso for verdade, é uma grave violação do princípio de Uma Só China, mina a soberania e os interesses de segurança da China, e mina a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan. A China está altamente preocupada com isso e se opõe firmemente", constatou, instando Londres a "abster-se de fornecer apoio militar às autoridades de Taiwan".
A República Popular da China (RPC) não reconhece a independência de Taiwan, que se separou do continente após as forças do nacionalista Chiang Kai-shek perderem em 1949 uma guerra civil para as forças comunistas de Mao Zedong.
Desde 1971 a grande maioria dos Estados-membros da ONU, incluindo o Reino Unido, passaram a reconhecer a RPC como única representante da China. No entanto, Taiwan tem relações econômicas e comerciais pelo mundo afora, incluindo com países como os EUA, o Reino Unido e a própria China. Londres tem uma embaixada de fato em Taipé.