"Em previsão de um bloqueio total do estreito de Taiwan", a despesa deste ano incluiria a reposição de reservas de artilharia e mísseis, bem como de peças para caças F-16, a fim de "reforçar a continuidade do combate", assinala o organismo, que começou a rever no ano passado suas reservas estratégicas de combustível e suas capacidades de reparação, embora não tenha oferecido detalhes.
Anteriormente, soube-se que a China vai destinar US$ 230 bilhões (R$ 1,2 trilhão) em defesa neste ano, o que representa um aumento de 7,2% em relação ao ano passado, o maior aumento desde 2019. Durante a abertura da Assembleia Nacional Popular, o primeiro-ministro, Li Keqiang, instou as Forças Armadas a se prepararem para o combate.
Por sua vez, Taipé disse que o Exército chinês vem realizando operações para controlar pontos de estrangulamento estratégicos e negar o acesso às forças estrangeiras.
"Recentemente, o modelo de exercícios e treinamento do Exército comunista se ajustou a um tipo militar único conjunto de forças terrestres, marítimas, aéreas e de mísseis", informou a pasta da Defesa, acrescentando que Pequim "está adotando um enfoque de guerra real, passando do treinamento à preparação para o combate".
A República Popular da China (RPC) não reconhece a independência de Taiwan, que se separou do continente após as forças do nacionalista Chiang Kai-shek perderem em 1949 uma guerra civil para as forças comunistas de Mao Zedong.
Desde 1971 a grande maioria dos Estados-membros da ONU, incluindo o Reino Unido, passaram a reconhecer a RPC como única representante da China. No entanto, Taiwan tem relações econômicas e comerciais pelo mundo afora, incluindo com países como os EUA, o Reino Unido e a própria China.