Ciência e sociedade

Túmulo romano de 2.000 anos selado para impedir 'fuga de mortos' é desenterrado na Turquia (FOTOS)

Equipe de arqueólogos da Universidade KU Leuven e do Instituto Real de Ciências Naturais da Bélgica relatou práticas funerárias incomuns usadas por pessoas do início da era do Império Romano que viviam no que hoje é a parte sudoeste da Turquia.
Sputnik
Em seu estudo publicado na revista Antiquity, o grupo descreve o local de enterro e os artefatos lá encontrados. Pesquisadores estudaram um local situado em Sagalassos, e objetos descobertos no sítio datam de aproximadamente 100 a 150 d.C., escreve Phys.org.
Análises anteriores revelaram que o local foi habitado pelos romanos desde o século V até XIII d.C., com uma cultura e construções pertencentes ao estilo da arquitetura romana. A equipe fazia parte do Projeto de Pesquisa Arqueológica de Sagalassos e estava trabalhando nos arredores do local da escavação quando evidências de cremações da era romana vieram à tona.
Túmulo único da era romana é descoberto na Turquia com vestígios de rituais e objetos "mágicos" selados com tijolos e cal para proteger os vivos dos mortos
Os artefatos revelaram que os habitantes locais da época haviam realizado cremações de forma diferente dos outros da era romana, em vez de usar piras funerárias, coletando os restos e movendo-os para outro lugar, as pessoas de Sagalassos realizavam suas cremações no lugar. Assim, não havia necessidade de movê-los.
Eles também descobriram que itens, como pregos intencionalmente dobrados e enterrados com os restos era um exemplo sem igual. Além disso, ao contrário da maioria dos outros locais de cremação da época o de Sagalassos foi selado sob uma cobertura de cal e tijolo.
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Túmulo único da era romana é descoberto na Turquia com vestígios de rituais e objetos "mágicos" selados com tijolos e cal para proteger os vivos dos mortos.
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Túmulo único da era romana é descoberto na Turquia com vestígios de rituais e objetos "mágicos" selados com tijolos e cal para proteger os vivos dos mortos.
Arqueólogos sugerem que os ritos funerários ímpares eram efetuados para evitar que a pessoa falecida escapasse. Aqueles que os enterravam aparentemente estavam com medo de algum tipo de retaliação e, portanto, usavam todos os meios à sua disposição para manter a pessoa falecida em segurança no solo.

Os pregos dobrados, por exemplo, eram provavelmente usados como uma espécie de "barreira mágica", sendo colocados ao redor dos ossos carbonizados e cinzas dos restos mortais.

Os envolvidos no enterro aparentemente usaram cal como um meio para evitar que a pessoa ou o seu espírito escapassem do solo, e não por razões estéticas.
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