O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou mudanças em suas regras de empréstimo, que permitem ajudar países que enfrentam uma "incerteza excepcionalmente alta", o que permitiria apoiar a Ucrânia, informou na sexta-feira (17) a agência norte-americana Bloomberg.
As mudanças se aplicam em situações "envolvendo choques exógenos que estão além do controle das autoridades do país e do alcance de suas políticas econômicas, e que geram riscos maiores do que o habitual", disse a entidade baseada em Washington.
Ao aprovar as mudanças na política de garantias financeiras, a diretoria executiva do FMI advertiu que proceder com um programa apoiado por fundos em casos de incerteza excepcionalmente alta "exigiria um julgamento cuidadoso sobre se tal plano seria viável e confiável, dadas suas características de risco prováveis".
O FMI está agora ponderando formar um pacote de ajuda plurianual para a Ucrânia no valor de até US$ 15 bilhões (R$ 79,19 bilhões) para ajudar a cobrir as necessidades financeiras do país. Se um acordo for concluído, seria a primeira vez que a organização ofereceria um programa completo de empréstimos a um país em um conflito armado.
Um programa de empréstimo também exigiria o apoio do G7, dos doadores e credores da Ucrânia, e o compromisso do governo de Kiev com uma série de políticas, para garantir a sustentabilidade da dívida do país, escreve a agência.
O governo ucraniano pretende garantir um financiamento de até US$ 38 bilhões (R$ 200,62 bilhões) de doadores estrangeiros para 2023, sendo que US$ 28 bilhões (R$ 147,82 bilhões) desse valor são compostos por empréstimos dos EUA e da União Europeia, e o resto vindo de empréstimos bilaterais de outros Estados e do FMI.