Washington se opõe a um cessar-fogo imediato na Ucrânia e não apoia o plano da China para uma solução política do conflito, disse John Kirby, сoordenador de Comunicações Estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, conforme citado na sexta-feira (17) pelo jornal The Wall Street Journal (WSJ).
No final de fevereiro, a China apresentou um plano para resolver o conflito na Ucrânia. O documento contém 12 pontos, incluindo a retomada do diálogo, um cessar-fogo e o levantamento das sanções contra a Rússia.
Moscou saudou a proposta e a vontade de Pequim de resolver o conflito pacificamente, mas o plano foi recebido com cepticismo no Ocidente.
Kirby argumentou, falando pouco antes da visita à Rússia de Xi Jinping, presidente da China, de segunda-feira (20) a quarta-feira (22), que tal passo significaria reconhecer a adesão de novos territórios que se tornaram parte da Rússia, ao mesmo tempo que daria a Moscou a oportunidade de fortalecer as posições e renovar suas forças.
Kirby declarou, citado pelo WSJ, que os EUA também esperam que o líder chinês faça contato direto com o presidente [Vladimir] Zelensky, por Washington continuar acreditando que é muito importante que o primeiro ouça também o lado ucraniano.
Kirby avisou o presidente russo Vladimir Putin e Xi Jinping para que, quando comecem planejando sua agenda, que uma proposta chinesa não seja unilateral e reflita a perspectiva russa.
"Certamente não apoiamos apelos para um cessar-fogo que seria promovido pelo [presidente da] República Popular da China na reunião em Moscou", segundo ele.