Operação militar especial russa

Putin: Rússia praticamente não usa armas hipersônicas na Ucrânia, mas dispõe delas

A Rússia praticamente não usa armas hipersônicas na Ucrânia, mas dispõe destes armamentos, tal como de outros sistemas avançados, disse o presidente russo Vladimir Putin em entrevista ao canal de TV Rossiya 1.
Sputnik
"Nós, sim, temos muito a fazer, digamos, para o desenvolvimento das forças terrestres, mas antes não tínhamos armas hipersônicas [em 2014] e agora temos! Sim, praticamente não as usamos, mas dispomos delas, entende? Temos também outros sistemas modernos, enquanto em 2014 não havia nada de semelhante", disse Putin, em entrevista ao jornalista Pavel Zarubin.
Respondendo à pergunta se teria sido melhor iniciar a operação militar especial em 2014, Putin ressaltou que, desde então, muitas coisas mudaram. "Neste caso, é impossível usar o modo subjuntivo".
O presidente russo disse também que os "parceiros" ocidentais enganaram Moscou desde o início, pois não pretendiam resolver pacificamente a questão de Donbass.
"Quanto ao Donbass, esperávamos poder resolver este problema pacificamente. Mas, como se vê agora, nós vemos isso – estávamos simplesmente enganados, nenhum dos nossos chamados parceiros pretendia resolver nada pacificamente, simplesmente inundava a Ucrânia com armas e preparavam-na para ações de combate", explicou.
Ele também disse que o sistema financeiro da Rússia segue funcionando e "não entrou em colapso", apesar das sanções impostas por países hostis.
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"Durante os anos anteriores [desde 2014] temos feito muito em termos de substituição de importações, em áreas críticas das atividades fundamentais do país", comentou Putin.
"Fortalecemos nosso sistema financeiro", disse o chefe de Estado. "Apesar das expectativas dos adversários, não colapsou nada, tudo funciona [...]" concluiu o líder russo.
No final do ano passado, em uma reunião com as mães dos militares russos que participaram da operação militar especial na Ucrânia, o presidente Putin disse que Moscou partiu "sinceramente" da ideia de que a paz em Donbass poderia ter sido alcançada por meio dos Acordos de Minsk, mas agora, pensando bem, "tornou-se óbvio que essa reunificação deveria ter acontecido antes", em 2014, antes que a OTAN tivesse colocado suas garras na Ucrânia.
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