Ele também enfatiza o fato de os últimos exercícios terem sido "extremamente detalhados e aperfeiçoados", sendo que o status nuclear do país já está consagrado na Constituição norte-coreana.
"Isto mostra que o Norte continua desenvolvendo sua estratégia nuclear [...] Agora eles não apenas possuem armas nucleares, mas estão adquirindo as capacidades para utilizá-las na prática, de modo que parece que a perspectiva de desnuclearização da península coreana está se tornando ainda mais ilusória", explicou o especialista.
Segundo Kim Dong-yup, o governo sul-coreano, sem entender o que Pyongyang quer, continua "teimosamente" a escolher o "caminho politicamente mais fácil" de responder às ações da Coreia do Norte com a força militar.
"A Coreia do Norte vai usar agora as ogivas e mísseis nucleares, que já se tornaram uma realidade, como parte de sua diplomacia soberana para expandir sua autonomia estratégica", disse Kim Dong-yup.
Anteriormente, Pyongyang declarou ter realizado exercícios em 18-19 de março para melhorar suas capacidades táticas nucleares, de dissuasão de guerra e contra-ataque.
Foi assinalado que os exercícios ocorreram "em uma situação tensa" devido à intensificação das manobras militares de larga escala dos EUA e da Coreia do Sul, e a transferência de armas nucleares estratégicas para a península coreana pelas forças norte-americanas.
Em setembro, o líder norte-coreano Kim Jong-un declarou que a Coreia do Norte não vai abdicar das armas nucleares, mesmo que enfrente sanções por 100 anos.
Ao mesmo tempo, foi adotado um decreto intitulado "Política de Armas Nucleares", que legitima a posse destas armas pelo país.