"Há três fatores importantes que determinam as perspectivas do conflito na Ucrânia. Cada um deles influencia os outros e os complementa. Juntos, eles podem criar uma dinâmica que limitará significativamente a capacidade de Biden de direcionar os eventos para os resultados desejados", disse especialista.
Como primeiro fator, o autor aponta o desenvolvimento dos eventos no campo de batalha. Segundo ele, as Forças Armadas ucranianas estão à beira de uma "derrota significativa" perto de Artyomovsk, o que põe em causa a continuação da campanha ucraniana.
Outro fator importante é a política interna dos Estados Unidos, disse Beebe.
"No decorrer dos últimos meses a opinião pública sobre o conflito está se tornando cada vez mais polarizada, com os republicanos questionando cada vez mais os objetivos militares dos EUA e o apoio americano à Ucrânia", explicou ele.
O ex-analista da CIA também expressou preocupações quanto à possibilidade de a China mediar o conflito na Ucrânia, o que prejudicaria a credibilidade dos EUA na arena internacional.
"Ainda não é tarde para a administração Biden encontrar uma saída para esta potencial armadilha, acelerando as negociações com a Rússia […] Mas já se pode dizer que a janela de oportunidade para a diplomacia dos EUA está sob ameaça de estreitamento", concluiu Beebe.
Moscou tem repetidamente indicado que está pronta para negociações, mas Kiev aprovou uma lei que proíbe as negociações.