Panorama internacional

Putin e Xi criaram 'novo modelo de relações entre grandes potências', diz professor chinês

A visita do presidente chinês Xi Jinping à Rússia indicou que Pequim e Moscou continuam empenhados em fortalecer sua coordenação estratégica, disse à Sputnik o professor Wang Dehua, diretor do Instituto de Estudos do Sul da Ásia Central.
Sputnik
Durante uma reunião com o homólogo russo, Vladimir Putin, em Moscou na terça-feira (21), o presidente chinês, Xi Jinping, convidou seu homólogo a visitar a China ainda neste ano. O líder chinês também chamou a Rússia e a China de maiores potências e parceiras estratégicas.
"Na minha opinião, a troca de visitas de Estado é de grande importância. A China e a Rússia podem se beneficiar das reuniões de cúpula, ao mesmo tempo que [também] trarão benefícios para o mundo. Assim como um especialista britânico disse que sem a China e a Rússia, o mundo se tornaria escravo dos EUA, acho que o mundo estaria em desordem e caos", disse o professor Wang.
Quando perguntado por que o próprio Xi deu tanta prioridade ao desenvolvimento das relações com a Rússia durante sua presidência, Wang referiu-se à "nova teoria de Xi na qual ele considera a Rússia a parceira mais importante do mundo porque a China e a Rússia são vizinhas amigáveis ligadas por montanhas e rios".
O professor chinês disse que Moscou e Pequim estão "comprometidas em consolidar e desenvolver as relações bilaterais com base nos princípios de não alinhamento, não confronto e não visar terceiros, e [elas] deram o exemplo de um novo modelo" das relações entre as "grandes potências".
Ele instou os dois lados a expandir ainda mais "a cooperação prática em vários campos, fortalecer a coordenação nas Nações Unidas e outras plataformas multilaterais, impulsionar o desenvolvimento e o rejuvenescimento de seus respectivos países e ser um pilar da paz e estabilidade mundiais".
Em particular, Wang saudou os esforços dos dois para estabelecer um sistema financeiro "não ocidental" que "não será influenciado por terceiros para fornecer serviços para o comércio bilateral".
"Acho que, além dos Estados Unidos e do Japão, todos os países e regiões, especialmente os países em desenvolvimento, podem estar alinhados para se juntar à 'coalizão' financeira sino-russa", disse o professor.
As observações foram feitas no momento em que o presidente chinês encerra sua visita de três dias à Rússia, durante a qual ele e o presidente Putin discutiram uma parceria estratégica bilateral com relação a economia, relações exteriores, tecnologia e questões sociais.
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