Laura Richardson, chefe do Comando Sul (USSOUTHCOM, na sigla em inglês) do Pentágono, pediu ao Congresso mais fundos para combater a mídia russa, apontando o sucesso da Sputnik e da RT na América Latina, que "minam a confiança" nos EUA.
O USSOUTHCOM abrange as atividades militares e de segurança dos EUA nos países da América Central, América do Sul e do Caribe.
"A Russia Today Español e Sputnik Mundo têm mais de três milhões de assinantes, e suas atividades minam a democracia e desafiam nossa credibilidade", disse Richardson. O público dos dois veículos de imprensa nas redes sociais excede em muito o número citado pela general.
Segundo Richardson, a Rússia continua sua "campanha de desinformação em massa" na área de responsabilidade do Comando Sul e tem acordos de cooperação de mídia com 11 países da região.
A situação com a mídia russa no Ocidente tem se tornado cada vez mais difícil nos últimos anos. Em novembro de 2016, o Parlamento Europeu adotou uma resolução afirmando a necessidade de combater a mídia russa, com Sputnik e RT nomeadas no documento como as principais ameaças, e acusadas de interferirem nas eleições americanas e francesas, embora sem a citação de provas.
Em 2 de março de 2022, a União Europeia (UE) proibiu a distribuição do sinal e do conteúdo da RT e da Sputnik no bloco em resposta ao começo da operação militar especial na Ucrânia pela Rússia. Ricardo Gutierrez, chefe da Federação Europeia de Jornalistas, entre outros, disse que a proibição da mídia russa na UE "criou um precedente perigoso que representa uma ameaça à liberdade de imprensa".