As autoridades norte-americanas não fazem segredo de sua atitude negativa em relação ao plano de paz chinês, que inclui um cessar-fogo entre a Rússia e Ucrânia.
"Portanto, o que parece ser atraente na superfície – quem não queria que os canhões ficassem em silêncio – também pode ser uma armadilha muito cínica, da qual temos de ter muito, muito cuidado", disse Blinken durante uma reunião virtual com colegas estrangeiros sobre as perspectivas de uma "paz justa e duradoura na Ucrânia".
"Acho que todos nós temos que estar muito atentos e tomar cuidado com o que pode parecer bem intencionado: esforços, por exemplo, para pedir cessar-fogo, o que potencialmente teria o congelamento efetivo no lugar do conflito", acrescentou o secretário de Estado.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmitry Kuleba, disse que Kiev aprecia iniciativas de paz propostas por outros países, mas o povo ucraniano, segundo ele, só aceitaria a paz se ela garantisse "a retirada completa das tropas russas e a restauração da integridade territorial de nosso país dentro das fronteiras internacionalmente reconhecidas".
Operação especial na Ucrânia
Em 24 de fevereiro de 2022, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou o início de uma operação militar especial para desmilitarização e desnazificação da Ucrânia.
Durante a operação, o Exército russo, junto com as forças das repúblicas de Donetsk e Lugansk, libertou completamente a República Popular de Lugansk e uma parte significativa da república de Donetsk, inclusive Mariupol, bem como a região de Kherson, áreas de Zaporozhie junto do mar de Azov e uma parte da região de Carcóvia.
De 23 a 27 de setembro, a RPD, RPL e regiões de Kherson e Zaporozhie realizaram referendos sobre a adesão à Rússia, com a maioria da população votando a favor. Em 30 de setembro, durante uma cerimônia no Kremlin, o presidente russo assinou os acordos sobre a integração das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e regiões de Kherson e Zaporozhie à Rússia.
Após aprovação por ambas as câmaras do parlamento russo, os acordos foram ratificados por Putin no dia 5 de outubro.