"[A decisão do Conselho] é uma questão diplomática e política orquestrada para tentar isolar o discurso da Rússia, país que na realidade só está reivindicando sua segurança nacional", afirmou o especialista, acrescentando que, embora a decisão não surpreenda, é "lamentável".
Conselho da ONU está atolado
"As Nações Unidas viram-se atoladas numa obstinação por parte do governo dos Estados Unidos por não perder a batuta. Não esqueçamos que Washington é o maior contribuinte econômico das Nações Unidas", diz o especialista da UNAM.
"[Os EUA] buscam preservar sua narrativa. Esta ideia de que [os ataques] foram pró-ucranianos e que [Washington] não participou é absurda. Seymour Hersh disse abertamente: os Estados Unidos pretendem desconectar a Europa Ocidental da Rússia", garante.
Voto do Brasil mostra um fator de mudança
"Sim, marca uma tendência clara que estamos vendo, que estamos experimentando, com a chegada de governos progressistas à região [latino-americana] que, naturalmente, exigem uma saída para o conflito [...] A chegada de Lula ao Brasil representa um alívio porque os três países mais importantes da região: México, Argentina e Brasil estão orientados para uma mesma visão sobre os assuntos globais", assinala.