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Estrategista da ultradireita, Steve Bannon vê Bolsonaro fortalecido e aposta no filho 03, Eduardo

Bannon diz que volta do ex-presidente ao Brasil vai ser positiva e defende integração de líderes de direita para fazer frente à gestão petista, escreve Folha de São Paulo.
Sputnik
De acordo com a Folha, os processos na Justiça que líderes da direita como o ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022) e o ex-presidente norte-americano Donald Trump (2017-2021) enfrentam, não prejudicam o futuro do movimento conservador, afirma Steve Bannon.
O ideólogo da ultradireita global acredita que, ao contrário do que se imagina, líderes como Bolsonaro são fortalecidos pelos questionamentos na Justiça.
O controverso estrategista-chefe da Casa Branca na gestão Trump, condenado por desacato ao Congresso norte-americano ao desrespeitar convocações para depor na comissão que investigou o atentado ao Capitólio em 2021, elogiou os radicais no Brasil que atacaram os três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro e os chamou de "guerreiros da liberdade".
Em entrevista ao jornal, Bannon insistiu em fraude nas eleições de 2020 nos EUA e 2022 no Brasil, embora não haja qualquer indício de tal fato em ambos os casos.
"Lula tem pouco apoio popular e você percebe pela quantidade de pessoas que protestaram contra as eleições. É óbvio que houve roubo no Brasil e provavelmente foi mais escandaloso do que com Trump. Mas isso não vai importar. Trump voltará em 2024 e Bolsonaro voltará, então será uma boa lição para mostrar às pessoas o quanto as instituições podem ser corrompidas facilmente contra o desejo do povo", teorizou o estrategista.
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Para ele, não se deve pensar no futuro da direita, mas sim no presente. Bannon acredita que tanto Bolsonaro quanto Trump estão muito presentes nos debates políticos e que a direita nunca esteve tão robusta. Mas no caso de Bolsonaro, o ideólogo não pareceu feliz de que o ex-presidente tenha deixado o Brasil. Para ele, o retorno de Bolsonaro ao Brasil "será incrível".
Bannon, que é próximo da família Bolsonaro, afirmou que mantém contato com deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e acredita que ele ainda vai ser presidente do Brasil.
Quando questionado sobre o The Movement (grupo de Bannon para integrar a direita populista no mundo) que tinha Eduardo Bolsonaro como representante na América do Sul, Bannon garantiu que muita coisa está acontecendo nos bastidores.
"Populismo e nacionalismo são específicos de países, você precisa fazer o que funciona nesses países. Não somos como a Internacional Comunista, onde tudo é global e interconectado. Somos conectados porque pensamos de modo igual, mas cada país é um e isso toma muito tempo", explicou.
Steve Bannon garantiu que no caso brasileiro, apesar dos processos na Justiça, a direita segue mais forte do que nunca.
"As pessoas estão vendo que é uma vergonha. Estamos arrecadando mais dinheiro, subindo nas pesquisas, e a imprensa da direita é mais poderosa do que nunca", destacou sem deixar de afirmar que, para ele, "a instituição mais corrupta no Brasil é a Suprema Corte, foi como a eleição foi roubada. É claro que Bolsonaro enfrenta problemas na Justiça, mas isso não importa".
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