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Senado dos EUA: Credit Suisse ajuda americanos a fugir dos impostos

O Comitê Financeiro do Senado dos EUA revelou que o banco suíço Credit Suisse, que anteriormente ajudou os americanos a fugir dos impostos, está fazendo isso de novo, violando os acordos.
Sputnik
Em 2014, o banco já se declarou culpado de "consciente e voluntariamente" ajudar milhares de clientes norte-americanos a esconder seus ativos e rendas offshore.
Na época, ele admitiu usar testas de ferro, destruir extratos e entregar dinheiro em espécie a clientes norte-americanos para não serem detectados pelas autoridades.
O Credit Suisse então também concordou com uma série de reformas e foi multado em US$ 2,6 bilhões (R$ 13,4 bilhões).

"A investigação do comitê descobriu graves violações desse acordo de confissão, inclusive uma conspiração previamente desconhecida, contínua e potencialmente criminosa envolvendo a não divulgação de quase US$ 100 milhões [R$ 515 milhões] em contas secretas offshore pertencentes a uma única família de contribuintes americanos", diz o documento divulgado pelo Senado norte-americano na quarta-feira (29).

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O comitê também solicitou informações ao banco sobre quaisquer outras grandes contas não declaradas pertencentes a cidadãos estadunidenses super-ricos com um capital de mais de US$ 20 milhões (R$ 103 milhões).
Já foram identificadas 23 dessas contas. O comitê acredita que o valor total escondido em violação ao acordo é de mais de US$ 700 milhões (R$ 3,6 bilhões).
Os investigadores relatam que a situação pode levar a uma das maiores multas sob as regras de informação de contas bancárias estrangeiras.
O banco Credit Suisse foi fundado em 1856. Hoje opera em 50 países e emprega cerca de 48.000 pessoas. Em meados de março, as ações do Credit Suisse caíram em um quarto na bolsa de valores.
Em 19 de março, o banco central da Suíça disse que o UBS, o maior banco do país, está comprando o Credit Suisse em crise por três bilhões de francos (R$ 16,8 bilhões).
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