Panorama internacional

EUA pedem que UE sancione empresa chinesa de satélites por suposta ajuda à Rússia, diz mídia

Os EUA estão instando a União Europeia (UE) e outros aliados a sancionar uma empresa chinesa de satélites por supostamente apoiar a operação militar especial da Rússia na Ucrânia, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
Sputnik
De acordo com a agência Bloomberg, a Spacety China foi atingida por sanções dos Estados Unidos em janeiro devido a alegações de que a empresa teria fornecido imagens de satélite de locais na Ucrânia que facilitariam as operações de combate do Grupo Wagner, que luta ao lado de Moscou. As imagens teriam sido enviadas para a empresa de tecnologia russa Terra Tech antes de serem transferidas para o grupo, alega um documento emitido pelos EUA.
Embora os países ocidentais, em especial a UE, tenham alinhado em coordenação muitas de suas sanções relacionadas à Rússia com os EUA, a empresa chinesa de satélites ainda não foi sancionada pelo bloco europeu.
"Se uma empresa não está sendo sancionada atualmente, isso significa que não há vontade, não há necessidade ou não há evidências suficientes para que os 27 Estados-membros da UE concordem em sancionar uma pessoa ou entidade", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da UE, Peter Stano. Segundo o porta-voz, isso não quer dizer que a empresa não possa ser sancionada no futuro.
Diferentemente de como ocorre nos EUA, a UE baseia suas sanções em evidências de código aberto para que possibilite recurso, a quem quer que seja afetado por elas, ante um tribunal.
Para uma das fontes do portal de notícias, é provável que razões de natureza técnica ou legal tenham impedido que a empresa fosse sancionada pelo bloco.
Panorama internacional
Stoltenberg diz que não há provas de que China forneça armas à Rússia, segundo Reuters
Muitas imagens de satélite estão disponíveis ao público gratuitamente, mas as chamadas imagens de satélite de radar de abertura sintética que Spacety supostamente transferiu para a Rússia permitem que áreas de interesse sejam monitoradas em uma resolução muito alta, quase em tempo real, o que facilita potenciais ataques de precisão.
Apesar das alegações norte-americanas, não há evidências de que a China esteja dando qualquer tipo de suporte à operação russa.
Na última terça-feira (21), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jens Stoltenberg, declarou em entrevista que os aliados ainda não viram nenhuma prova de que a China possa estar envolvida no conflito, participação esta que Pequim nega ressaltando a importância de esforços diplomáticos para o fim pacífico das hostilidades.
Até o momento, a empresa ainda não se manifestou sobre o caso.
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