"O Fórum do Gás do Mediterrâneo Oriental é um excelente exemplo de como os países participantes usam a energia como um catalisador para a paz e a cooperação. Nesse sentido, estamos abertos à admissão de novos membros, como a Turquia. Claro, com a condição fundamental de que o direito internacional seja respeitado", enfatizou Dendias.
Falando sobre o domínio da energia, o ministro referiu que o objetivo da Grécia é se tornar um ponto de ligação através da diversificação do abastecimento próprio de gás e eletricidade, bem como de toda a região.
Dendias revelou ainda que os ministros discutiram em detalhe a situação no Mediterrâneo Oriental e, em particular, os últimos desenvolvimentos do acordo de Chipre, que para a Grécia "é a maior prioridade nacional".
"Com base na nossa estreita cooperação com Chipre, estamos empenhados em apoiar uma solução justa e viável para a reunificação da ilha com base nas resoluções do Conselho de Segurança da ONU", sublinhou o chefe da diplomacia grega.
O diplomata garantiu que a situação na Turquia também foi discutida.
"Depois dos terremotos, como vocês sabem, temos sido solidários. E isso não está relacionado a nenhuma agenda geopolítica. É um gesto baseado em abordagens humanitárias, em um momento em que o vizinho enfrenta enormes dificuldades", acrescentou.
Sobre as relações greco-turcas, Dendias destacou que Atenas tem consciência de que "as coisas não mudam da noite para o dia".
A organização chamada Fórum do Gás do Mediterrâneo Oriental foi criada em 2019 como uma plataforma de discussão para lançar um mercado regional de gás, otimizar o desenvolvimento de recursos, reduzir o custo da infraestrutura, oferecer preços competitivos e melhorar as relações comerciais.
Os fundadores da aliança foram Egito, Grécia, Chipre, Israel, Itália, Jordânia e Palestina.