O consulado da China em Los Angeles aconselhou o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, a não se encontrar com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e "repetir erros desastrosos do passado".
"Não é propício à paz, segurança ou estabilidade regional, e não é do interesse comum do povo da China e dos Estados Unidos", disse o consulado conforme citado pela mídia.
Mais cedo, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que Pequim estava monitorando de perto os desenvolvimentos relacionados à viagem de Tsai Ing-wen — ela cruzou os Estados Unidos no dia 29 de março para visitar Belize e Guatemala — e vai defender resolutamente sua soberania e integridade territorial.
A viagem da presidente taiwanêsa aos aliados centro-americanos vai durar dez dias. A delegação deixou Taiwan no dia 29 de março, passou por Nova York e chegou à Guatemala. Na volta de Belize, a delegação planeja parar em Los Angeles, onde Tsai vai se encontrar com o presidente da Câmara dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, antes de retornar à sua ilha.
As tensões aumentaram em torno de Taiwan depois que a então presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, visitou a ilha no início de agosto de 2022. A China condenou a visita, percebendo-a como um ato de apoio às forças independentistas locais, e conduziu grandes exercícios militares perto da ilha, que a China considera parte inalienável de seu território. A administração chinesa afirmou repetidamente que Pequim está disposta a se reunir com Taiwan pacificamente. No entanto, nunca renunciaria ao uso da força militar em caso de necessidade.