Em 5 de abril, um tribunal administrativo sueco acusou a polícia de Estocolmo de se recusar a permitir protestos com queima do Alcorão em frente das embaixadas turca e iraquiana no início deste ano.
O ministro das Relações Exteriores da Turquia criticou esta decisão, comparando o país com a Alemanha nazista invocando imagens de queima de livros e campos de concentração.
"Os nazistas começaram queimando livros, depois atacaram locais religiosos de culto e depois reuniram pessoas em campos e as queimaram para atingir seus objetivos finais. É assim que coisas como estas começam", disse Cavusoglu.
A retórica dura não augura nada de bom para a adiada proposta de adesão da Suécia à OTAN, que depende da aprovação turca.
Ancara também acusa a Suécia de abrigar terroristas, em particular membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, proibido na Turquia, e seus aliados.
Cavusoglu enfatizou que o país nórdico precisa tomar "certos passos" para aderir à OTAN.
"A Suécia precisa tomar passos concretos em termos de interrogatórios e investigações de pessoas cuja extradição exigimos incondicionalmente", afirmou.
A queima do livro sagrado do Islã no início de 2023 em frente da embaixada turca em Estocolmo pelo político dinamarquês-sueco Rasmus Paludan causou uma agitação em todo o mundo muçulmano, desencadeando semanas de protestos e apelos para um boicote aos produtos suecos.
As autoridades turcas responderam que não vão ratificar a proposta da Suécia de aderir à OTAN (ao contrário da Finlândia, que aderiu ao bloco no início desta semana) enquanto a queima do Alcorão seja permitida.