Panorama internacional

Mídia dos EUA cita documentos alegando que Mossad encorajou protestos em Israel, Tel Aviv nega

O jornal norte-americano The New York Times mencionou documentos vazados pelo Pentágono como apontando para um papel ativo da agência de inteligência israelense nos protestos do país.
Sputnik
O serviço de inteligência e operações especiais de Israel, o Mossad, encorajou os funcionários da agência e os cidadãos israelenses a participar dos protestos antigovernamentais que atingiram o país em março, declarou no sábado (8) o jornal norte-americano The New York Times, citando documentos recentemente divulgados pelo Pentágono.
De acordo com os documentos vazados, em 1º de março os líderes do Mossad "defenderam que funcionários do Mossad e cidadãos israelenses protestassem contra a reforma judicial proposta pelo novo governo israelense, incluindo vários apelos explícitos a ações que denunciassem o governo israelense".
Segundo o documento publicado, as informações foram obtidas através de inteligência de sinais. Muitos dos documentos vazados estão rotulados com ordens para serem compartilhados apenas entre as agências de inteligência dos EUA.
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Membros do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) dos EUA determinaram que os documentos são legítimos, mas com pelo menos um sendo alterado posteriormente.

Qual foi o resultado dos protestos?

Israel foi paralisado por protestos e greves em março após o governo ter revelado planos de reformar o sistema judiciário do país. As reformas propostas, que têm sido criticadas por Washington, teriam dado ao governo do premiê Benjamin Netanyahu mais controle sobre a escolha dos juízes.
Após os protestos, Tel Aviv anunciou que a legislação seria adiada pelo menos até julho.
No entanto, as informações incluídas nos documentos vazados têm indicações que comprovam as acusações feitas por Yair Netanyahu, filho do primeiro-ministro israelense. Ele alegou que elementos hostis dentro da comunidade de inteligência de Israel e do Departamento de Estado dos EUA estavam por trás dos protestos.
Ao mesmo tempo, o governo israelense negou que o Mossad tenha influenciado os protestos, com o escritório do premiê chamando a ideia de "falseada e sem qualquer fundamento".
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