Na segunda-feira, Lukashenko realiza uma reunião em Minsk com o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, e é discutida a questão da segurança no Estado da União. Shoigu chegou à capital belarussa para o desenvolvimento de acordos recentes entre os dois chefes de Estado.
"Em geral, nas conversações [entre os presidentes da Rússia e Belarus] foi falado que, em caso de agressão contra Belarus, a Federação da Rússia protege Belarus como seu próprio território. É disso que precisamos [garantias de segurança]", cita as palavras de Lukashenko a agência Belta.
O presidente belarusso explicou que discutiu a questão da segurança durante uma conversa com o presidente russo, Vladimir Putin.
"Levantei essa questão nas negociações com o presidente russo. Ele me apoiou absolutamente em todas as direções. E, disse ele, precisamos reformular todos os nossos tratados e acordos – entre Belarus e Rússia – para ver que ato normativo legal de caráter interestatal deve ser adotado agora para garantir a segurança completa de Belarus", acrescentou Lukashenko.
O líder belarusso também observou que os países ocidentais não cumprem os acordos no âmbito do Memorando de Budapeste, quando deram garantias de segurança à república em troca da retirada de armas nucleares.
Após a dissolução da URSS, Kiev herdou uma parte do arsenal nuclear. Mas em 5 de dezembro de 1994, a Rússia, Ucrânia, Reino Unido e EUA assinaram o Memorando de Budapeste para providenciar garantias de segurança em relação à adesão da Ucrânia ao Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.
Como resultado, a Ucrânia desistiu de suas armas nucleares e as entregou à Rússia, enquanto as potências nucleares garantiram segurança a Kiev.