Panorama internacional

Oposição na Coreia do Sul exorta a não se orientar apenas pelos EUA

Seul precisa de uma diplomacia multilateral inclusiva, uma abordagem flexível e prática que desenvolva a cooperação não só com os EUA, já que a aliança com o Japão e EUA pode ameaçar a segurança do país, segundo o chefe do principal partido de oposição sul-coreano, Lee Jae-myung.
Sputnik

"A competição entre a aliança dos EUA, Coreia do Sul e Japão de um lado e a Coreia do Norte, China e Rússia do outro se intensificou recentemente. Este risco geopolítico crescente na península coreana pode ser devastador para a Coreia do Sul, que depende fortemente do comércio exterior", disse o político em um briefing com jornalistas estrangeiros.

Ele acredita que a Coreia do Sul precisa agora urgentemente de uma abordagem diplomática sábia, flexível e prática que amplie os horizontes da cooperação e sirva ao interesse nacional.

"Devemos trabalhar na diplomacia multilateral inclusiva [...] Devemos também fortalecer a comunicação e a cooperação com a China, os países da ASEAN e da Europa em questões como a crise climática, a neutralidade de carbono e a paz na península coreana", afirmou Lee Jae-myung.

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Segundo ele, a Coreia do Sul tem a sexta maior capacidade de defesa estratégica do mundo, e já tem a assistência dos EUA, portanto "não há necessidade adicional de uma aliança EUA–Coreia do Sul–Japão".

"Pelo contrário [...] seria uma aliança militar EUA–Coreia do Sul–Japão que provavelmente causaria um dilema de segurança, porque naturalmente estimularia uma aliança mais forte entre a Coreia do Norte, a China e a Rússia", sugeriu o político sul-coreano.

No que diz respeito à entrega de armas à Ucrânia, tanto direta como indireta, o líder da oposição questionou a conveniência de tal decisão.

"A decisão vai ser tomada pela administração atual, mas em minha opinião o fornecimento de armas letais à Ucrânia é indesejável", disse Lee Jae-myung.

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