A revista ainda enfatiza que a IA será uma grande revolução em diversas áreas, mas principalmente nas táticas e estratégias de combate, podendo mudar completamente o cenário de uma guerra.
De acordo com a edição, a IA promete transformar as geopolíticas da guerra e dissuasão, contudo, com maneiras que não são necessariamente confortáveis.
A tecnologia também promete tornar a guerra menos letal e possivelmente fortalecer a dissuasão, sendo implantada pelas forças militares através de drones dirigidos pela IA em forças aéreas, marinhas e exércitos.
A FP destaca o fato de a IA poder tomar decisões em questão de minutos, em vez de horas ou dias, fazendo com que as potências aplicassem a tecnologia em questões estratégicas e táticas, e até mesmo em uma guerra nuclear.
Contudo, o professor Herbert Lin, da Universidade de Stanford, alerta para o perigo do uso excessivo da tecnologia em questões delicadas, como por exemplo, o comando e controle de armas.
James Johnson, da Universidade de Aberdeen, é autor do livro "AI and the Bomb", em que cita os riscos de uma guerra nuclear acidental entre os EUA e a China, provocada por uma decisão precipitada da IA.
Outro perigo destacado pela revista é a possibilidade de a IA cair nas mãos de terroristas que, por sua vez, poderiam criar bombas sujas ou dispositivos letais.
A nova corrida armamentista com IA está em andamento, e provavelmente há pouca coisa que possa ser feita para detê-la.
"Isso [a IA] poderia induzir a um erro humano de superdependência. É uma munição guiada de precisão contra a inteligência e racionalidade humana", ressalta Lin.