Recentemente, a agência de notícias Bloomberg informou que o presidente francês Emmanuel Macron quer propor às autoridades chinesas um plano destinado a organizar conversações entre Moscou e Kiev.
"Na verdade, houve alguns relatos de que o lado francês teria expressado alguns elementos [da iniciativa de paz] durante a visita à China. Mas até agora não se manifestaram em nenhum lugar, esses elementos. Não sabemos de nenhum plano francês e, portanto, não recebemos nada do lado francês", disse Peskov aos jornalistas.
Contudo, a Rússia, segundo Peskov, está pronta para ponderar sobre quaisquer ideias que levem em conta a posição russa.
"Quaisquer ideias que levem em conta os interesses da Rússia, as preocupações da Rússia, certamente merecem atenção e certamente valerá a pena serem ouvidas. E a Rússia está pronta para fazer isso", afirmou o porta-voz do Kremlin.
Anteriormente, o presidente brasileiro Lula da Silva disse que os EUA e a Europa devem começar a falar em chegar a um acordo na Ucrânia, em vez de incentivar o conflito.
Ele pediu aos países não envolvidos no conflito na Ucrânia que assumam a responsabilidade de fazer avançar as negociações de paz, bem como de proporcionar à Rússia "condições mínimas" para pôr fim ao conflito.
Além disso, Lula da Silva propôs a criação de um formato semelhante ao G20 para discutir a situação na Ucrânia.
De acordo com Peskov, é muito cedo para avaliar a iniciativa do presidente brasileiro, é necessário conhecer suas nuances. O ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov vai estudá-las durante sua visita ao Brasil que está realizando agora.
"Ainda é preciso ter informações, conhecer as nuances, e é precisamente de obter as nuances que nosso ministro das Relações Exteriores agora tem a oportunidade", acrescentou Peskov.