Em meio à polêmica sobre as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conflito na Ucrânia, Sullivan entrou em contato com Celso Amorim, assessor especial da presidência para assuntos estrangeiros, nesta terça-feira (18) para conversar sobre o assunto.
Sullivan e Amorim "discutiram uma série de questões bilaterais e globais", incluindo o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, além do tema, "cooperação contínua para combater a mudança climática e proteger o meio ambiente" também foi abordado, disse a Casa Branca citada pela Bloomberg.
No domingo (16), o mandatário brasileiro afirmou que os Estados Unidos e a União Europeia alimentam o conflito. Em seguida, na segunda-feira (17), a Casa Branca disse que "o Brasil está repetindo como um papagaio a propaganda da Rússia e da China, sem analisar os fatos".
Ontem (18), o assunto voltou a ser comentado pelos americanos, desta vez pela porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, durante sua entrevista coletiva, segundo o Yahoo.
Questionada, a porta-voz afirmou que o presidente brasileiro não teve um posicionamento neutro e que seu tom surpreendeu as autoridades americanas.
"Ficamos impressionados com o tom da entrevista coletiva do Ministério das Relações Exteriores ontem [17], que não era um tom de neutralidade, sugerindo que os Estados Unidos e a Europa não estão interessados na paz ou que compartilhamos a responsabilidade pela guerra. Acreditamos, e é verdade, que está completamente errado. Claro que queremos que essa guerra termine. O que ouvimos, o tom, não foi neutro e não é verdade", afirmou.
Amorim concedeu uma grande entrevista também ontem (18) defendendo a posição do Brasil, e que o país, apesar de ter boas relações com os Estados Unidos, "não é obrigado a ter que seguir todas as opiniões que eles têm", conforme noticiado.
Anteriormente, Amorim já havia sinalizado que a Rússia "tem suas razões para se preocupar com o Ocidente".