Segundo o analista, com base nos documentos recém-vazados, que relatam que as posições ucranianas ainda são fracas, uma ofensiva ucraniana bem-sucedida no sul, ameaçando seriamente a Crimeia, é improvável, especialmente porque as posições da Rússia no sul são bem fortificadas.
"Para dar uma chance à [...] ofensiva no sul, a Ucrânia e seus aliados mais próximos, os EUA e o Reino Unido, precisariam tentar derrubar a Ponte da Crimeia para cortar o acesso à península da parte continental russa", escreve Parpart.
Ele acredita que, se a OTAN fazer isso, vai cruzar todas as "linhas vermelhas" de Moscou, levando ao confronto direto entre a Rússia e os EUA.
O autor observou que as próprias Forças Armadas ucranianas estão em condições precárias, devido à aguda escassez de munições e às pesadas perdas. Parpart expressou dúvidas sobre a capacidade de Kiev de efetuar sozinha uma contraofensiva e tomar a Crimeia.
O que se sabe da contraofensiva ucraniana
Como a Reuters informou anteriormente, Kiev preparou oito brigadas de assalto da chamada guarda ofensiva.
Especialistas russos estimam o número dessas tropas em cerca de 200.000 homens.
A iminente contraofensiva das Forças Armadas ucranianas tem sido anunciada repetidamente, tanto em Kiev como no Ocidente.
Segundo o ministro da Defesa ucraniano Aleksei Reznikov, a ofensiva pode começar quando o período da lama da primavera europeia terminar.
Especialistas militares e políticos ucranianos e ocidentais citaram repetidamente a região de Zaporozhie como um dos alvos do ataque, a fim de se alcançar a costa do mar de Azov para cortar o corredor terrestre para a Crimeia.
Esta região, assim como outras, afirmou repetidamente que se preparou para qualquer ação por parte da Ucrânia.