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Após apelo de Rodrigo Pacheco, Campos Neto diz que Banco Central tem 'timing' diferente da política

Desde o começo da nova gestão que uma verdadeira quebra de braço acontece entre governo federal e Banco Central sobre a taxa de juros no Brasil. Segundo chefe da instituição, a independência do organismo faz "decisões serem técnicas".
Sputnik
Nesta sexta-feira (21), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em meio à pressão do governo federal e do Congresso para que a taxa de juros baixe, disse que o tempo técnico do banco é diferente do "tempo político".

"O timing técnico é diferente do timing político. Por isso que a autonomia é importante, para dar à sociedade a garantia que a gente tem funcionários técnicos tomando decisões técnicas", afirmou o chefe do BC citado pelo UOL Economia.

A taxa de juros do Brasil está em 13,75%, e, até o momento, é a maior taxa de juros do mundo. Campos Neto também defendeu que o país tem uma meta de inflação compatível com a de outros países emergentes.
"A inflação desancorada faz com que o custo de desinflação seja muito mais alto e muito mais duradouro", disse.
As afirmações do presidente acontecem um dia depois que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu publicamente a Campos que reduza a taxa justificando que esse é um assunto que "uni a todos" pela sua urgência, e que de sua parte estava ali fazendo "uma súplica pelo Senado".
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O chefe do BC também comentou a autonomia da instituição financeira, reafirmando sua importância e pontuando que ela não está em risco.
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