Panorama internacional

Países 'lavadores'? Participantes do teto de preços do petróleo da Rússia seriam clientes finais

Os países ocidentais que proibiram formalmente a importação do petróleo da Rússia estão consumindo o produto final através de outros países, segundo um relatório.
Sputnik
A União Europeia segue importando petróleo da Rússia apesar dos embargos de petróleo cru e produtos petrolíferos impostos ao país em dezembro e fevereiro, concluiu na quinta-feira (19) o Centro de Pesquisa de Energia e Ar Limpo (CREA, na sigla em inglês).
A União Europeia, a Austrália e a maioria dos países do G7 proibiram a importação direta de petróleo bruto russo, mas aumentaram indiretamente as importações de petróleo russo através da aquisição de volumes maiores de produtos petrolíferos de países que se tornaram os maiores compradores do petróleo bruto russo, disse o centro sediado na Finlândia.
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"Estes países de coalizão de teto de preço aumentaram as importações de produtos petrolíferos refinados de países que se tornaram os maiores importadores de petróleo bruto russo. Este é um grande buraco que pode minar o impacto das sanções na Rússia", disse o CREA.
Assim, os países participantes do teto de preço aumentaram desde 24 de fevereiro de 2023 as importações de produtos petrolíferos refinados em 94%, ou US$ 20,5 bilhões (R$ 103,33 bilhões). Em termos relativos, o aumento foi de 94% da China, de 43% da Turquia, em 23% dos Emirados Árabes Unidos, de 33% até Cingapura, e de 2% da Índia.
"Chamamos esses cinco países que aumentaram as compras de petróleo russo e o 'lavaram' em produtos enviados a países que sancionaram o petróleo russo de 'lavadores'", chamou o CREA.
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