Ministros da Defesa e outros altos funcionários de mais de 50 países que apoiam a Ucrânia se reúnem hoje para discutir o estado atual do conflito ucraniano e as perspectivas de assistência militar adicional a Kiev. A reunião será presidida pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin.
Comentando a próxima reunião em Ramstein, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky disse recentemente que era crucial que os países se concentrassem em fornecer armas de longo alcance, muito procuradas pelo Exército da Ucrânia.
O ministro da Defesa ucraniano, Aleksei Reznikov, observou que a prioridade da delegação ucraniana no evento seria obter sistemas de defesa antiaérea, veículos blindados e projéteis de calibre 155 mm para a artilharia pesada.
Na quinta-feira (17), o secretário-geral do bloco militar, Jens Stoltenberg, disse que o montante da assistência militar à Ucrânia já ultrapassou 165 bilhões de dólares (R$ 833 bilhões) desde fevereiro de 2022.
Os países ocidentais têm fornecido à Ucrânia vários tipos de sistemas de armas, incluindo mísseis de defesa antiaérea, sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, tanques, artilharia autopropulsada e armas antiaéreas desde que a Rússia lançou sua operação militar especial na Ucrânia há mais de um ano.
Moscou alertou repetidamente que o fornecimento de armas não contribui para qualquer solução pacífica, mas sim para agravar o conflito, arriscando o envolvimento em grande escala da OTAN nos combates.
Chefe do Pentágono enfrenta tarefa desafiadora na reunião em Ramstein
A reunião de hoje do grupo de contato está acontecendo no contexto do recente vazamento do Pentágono, onde mais de 100 documentos confidenciais do governo dos EUA foram divulgados, revelando dados sensíveis sobre o estado dos militares ucranianos e os esforços dos EUA e da OTAN para fortalecer as forças do regime de Kiev.
Diversos analistas acreditam que, desta vez, a reunião do grupo de contato não será tão fácil quanto antes para Lloyd Austin, porque Kiev ficou indignada com o vazamento de documentos secretos que revelaram o pessimismo de Washington quanto à capacidade das Forças Armadas da Ucrânia de ter sucesso.
O chefe do Pentágono terá que tranquilizar Kiev e convencer todos os aliados do grupo de contato que os EUA ainda estão comprometidos em fornecer toda a ajuda necessária à Ucrânia e trabalhando incansavelmente para proteger as informações confidenciais do Pentágono, especialmente os dados relacionados aos parceiros de Washington.