Segundo ele, Bruxelas não esconde seu interesse em quatro países que estão, de uma forma ou de outra, na zona de interesse da aliança russo-chinesa: o Brasil, Chile, Nigéria e Cazaquistão.
"É fácil ver por que estes quatro países compõem a lista. Cada um deles representa um ponto de apoio potencial da UE em regiões onde os aliados ocidentais estão disputando influência [e recursos] com a Rússia e a China. O Brasil e o Chile estão na América Latina, rica em matérias-primas; a Nigéria é uma potência econômica na África Ocidental; o Cazaquistão possui petróleo e gás na Ásia Central", diz o autor do artigo.
Os funcionários europeus acreditam que o aumento da influência de Bruxelas contra Moscou e Pequim poderia ajudar a UE tanto a resolver problemas de recursos quanto a se tornar um ator mais independente no cenário global.
"Nesta era de geoeconomia, a UE terá que ser menos ingênua e mais preocupada com a segurança econômica. Isto exigirá um uso mais estratégico e combinado de toda a panóplia de ferramentas disponíveis", cita o jornal um funcionário da UE.
Dmitry Peskov, porta-voz do presidente russo, disse anteriormente que Vladimir Putin foi convidado para a cúpula do BRICS em agosto, mas que uma decisão sobre sua participação vai ser tomada mais perto do próprio evento.