"Taipé está em conversações com Washington sobre a possível construção de estoques de armas na região para dar à ilha acesso às armas necessárias para combater Pequim no caso de um conflito entre os dois lados do estreito", diz o artigo.
Segundo o jornal, especialistas militares locais estão preocupados que a construção de um grande armazém na ilha vá aumentar ainda mais as tensões entre a China continental e Taiwan.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro disse que, apesar das discussões, é mais importante para Taiwan ter sua própria capacidade militar.
"Devemos insistir que a República da China [título oficial de Taiwan] e a República Popular da China [título oficial de Pequim] não estão sujeitas uma à outra", cita o artigo Chen Chien-jen.
Isto veio no contexto da visita a Taiwan do governador do estado norte-americano da Virgínia e seu encontro com a presidente da ilha Tsai Ing-wen.
Durante a reunião foi discutida a cooperação econômica e empresarial. A presidente agradeceu ao governador por sua assistência e pela recente abertura do escritório comercial do estado na ilha.
A situação em torno de Taiwan se agravou significativamente após a visita da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA Nancy Pelosi à ilha no início de agosto.
A China, que considera a ilha uma de suas províncias, condenou a visita de Pelosi, vendo-a como um ato de apoio dos EUA ao separatismo de Taiwan, e conduziu exercícios militares em larga escala.
As relações oficiais entre o governo central da China e sua província insular se romperam em 1949, após as forças derrotadas do Kuomintang lideradas por Chiang Kai-shek terem se mudado para Taiwan no final da guerra civil contra o Partido Comunista Chinês.
Os contatos comerciais e informais entre a ilha e a China continental foram retomados no final dos anos 80. Desde o início dos anos 90, os dois lados têm estado em contato só através de organizações não governamentais.