Os combatentes "expulsaram todos os técnicos do laboratório […] que está totalmente sob o controle de uma das partes combatentes como sendo uma base militar", disse Nima Saeed Abid, representante da OMS no Sudão. Ele não especificou qual das partes combatentes havia tomado o controle do laboratório.
"Há um enorme risco biológico associado à ocupação do laboratório central de saúde pública", disse Abid. Ele apontou que o laboratório tinha as amostras de uma série de doenças mortais, incluindo sarampo, poliomielite e cólera.
O diretor do laboratório também alertou para o perigo de que "o estoque esgotado de bolsas de sangue corre risco de ficar estragado devido à falta de energia", ressaltou Abid, apontando que, "além dos perigos químicos, os riscos biológicos são muito elevados devido à falta de geradores em funcionamento".
Em 15 de abril, eclodiram violentos confrontos entre o Forças Armadas sudanesas e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido do Sudão (RSF, na sigla em inglês) liderado por Mohamed Hamdan Daglo, com epicentro em Cartum.
Até a data, cerca de 600 indivíduos foram mortos como resultado direto dos confrontos, com base nos dados divulgados pelo Ministério da Saúde sudanês.