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Lula bate martelo sobre chefia do GSI e opta por 'tradição' ao manter perfil militar no cargo

Em meio ao racha interno no governo Lula sobre quem deve ocupar o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão responsável pela segurança do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva "desempatou" a disputa e comunicou a auxiliares que "optou pela tradição".
Sputnik
Segundo a coluna de Malu Gaspar em O Globo, o presidente manterá um militar no cargo e deve anunciar seu nome ao voltar da Espanha hoje (26). Ao que tudo indica, será o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que foi responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff de janeiro de 2011 a maio de 2016.
Com a demissão do general Gonçalves Dias na semana passada, o cargo ficou em aberto, mas ocupada de forma interina por Ricardo Cappelli.
Uma ala do governo, como os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e José Múcio, da Defesa, defendiam a permanência de um militar no comando do gabinete. Já uma outra parte, formada pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o ministro da Justiça, Flávio Dino, eram a favor da desmilitarização do órgão.
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De acordo com um ministro ouvido reservadamente pela reportagem, a escolha de Amaro dos Santos pode ajudar a distensionar o clima pré-CPMI.
"O que é preciso é de alguém com comando da tropa. O general Amaro é a pessoa para isso", disse.
Atualmente, o GSI tem pouco mais de 1.000 funcionários, dos quais, segundo Capelli, 65% são militares e 35%, civis. Nos governos anteriores, a proporção de militares já foi bem maior.
O chefe interino disse que vai apresentar a Lula, nos próximos dias, um relatório de diagnóstico sobre a situação do GSI. Capelli declarou ao jornal ter recebido do presidente a missão de "renovar e oxigenar" o órgão, além de apresentar um novo desenho institucional para reformulá-lo.
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