Panorama internacional

Editor-chefe da Sputnik Lituânia é liberado de prisão na Letônia sob fiança

Marat Kasem, editor-chefe da Sputnik Lituânia, foi preso no final do ano passado durante viagem familiar para a Letônia, e desde então estava em prisão preventiva.
Sputnik
Marat Kasem, editor-chefe da Sputnik Lituânia, foi liberado da prisão na Letônia sob fiança, não podendo deixar o país, informou nesta quinta-feira (27) a Sputnik Blizhnee Zarubezhie.

"Até o julgamento, Marat estará sob fiança e sob vigilância policial", disse a Sputnik Blizhnee Zarubezhie.

As condições obrigarão Kasem a ficar em casa, em seu local de registro, das 23h00 às 07h00, e a se apresentar a uma esquadra policial duas vezes por semana.
Kasem é cidadão letão e vive e trabalha em Moscou há vários anos na agência Rossiya Segodnya, que inclui a Sputnik Lituânia. Em 30 de dezembro de 2022, o jornalista foi para a Letônia por motivos familiares. De acordo com a Sputnik Lituânia, Kasem foi detido e, em 5 de janeiro, uma corte de Riga o manteve sob custódia, antes de ter sido transferido para a Prisão Central de Riga. Em meados de janeiro, um tribunal de Riga manteve Kasem sob custódia, negando um recurso apresentado na época.
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O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que a detenção de Kasem foi uma vingança de regimes ditatoriais por sua postura firme, e que se trata de terror contra vozes dissidentes. Tatiana Moskalkova, comissária para os Direitos Humanos da Rússia, chamou a detenção do editor-chefe da Sputnik Lituânia de ataque à liberdade de expressão e apelou ao Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.
Vladimir Solovyov, diretor do Sindicato de Jornalistas da Rússia, comentou à Sputnik que a União de Jornalistas da Rússia considera essa uma das violações mais graves e enviará informações sobre o que está acontecendo a todas as organizações internacionais de jornalismo de direitos humanos.
Falando sobre a detenção de Kasem, Dmitry Kiselev, diretor-geral da Rossiya Segodnya, comentou que a agência pediria à comunidade internacional que responda e faça "todos os possíveis para libertar" Kasem. Kiselev chamou a detenção em si de ilegal, e opinou que a prisão preventiva estava ocorrendo no contexto da "ilegalidade europeia, quando uma pessoa pode ser presa por ser um jornalista profissional, por sua opinião, por sua posição, pelas informações que expressa".
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